sexta-feira, 27 de maio de 2016

Pé Tálus Vertical Tálus Vertical Congênito – Pé Valgo Convexo Congênito, metatarsus aductus, hálux varus


Definição - È uma luxação dorsolateral da articulação talonavicular e, ocasionalmente, da articulação calcaneocubóidea, associada com flexão plantar rígida e extrema do tálus, eversão (valgo) da articulação subtalar, e dorsiflexão fixa da parte média do pé sobre a parte posterior.
Epidemiologia – Deformidade rara. Em metade dos casos encontra-se isolada e na outra 50-60% associada a distúrbios neuromuscalares e genéticos. Sem predileção por sexo. Bilateral em 50% dos casos.
Patogênese – Associado com deformidades da medula, artrogripose,. Alguns casos com trasmissão autossômica dominante com penetrância incompleta.
Quadro Clínico – Superfície plantar convexa e rígida, aspecto de chinelo persa. O tendão calcâneo encontra-se contraído, e a parte posterior do pé está em uma posição equinovalga fixa. RIGIDEZ. Poucas pregas posteriores no calcanhar. Cabeça do tálus pode ser palpada no aspecto plantar medial da parte média do pé. Nenhuma das deformidades podem ser corrigidas com manipulação. O arco não pode ser criado e nem a cabeça do tálus coberta pelo navicular.
Exames de Imagem – RX em Perfil do pé em flexão plantar (mantém lux dorsal do navicular) e dorsiflexão máxima (mantém flexão plantar talus e calcâneo). Mostra flexão plantar do tálus e o ângulo tálus- primeiro metatarso está alterado.
Anatomia Patológica – Contraturas anormais dos músculos extrínsecos, tais como o tibial anterior, extensor longo do hálux, extensor curto do hálux, fibular terceiro, fibular longo, fibular curto e tendão calcâneo. Tendão do fibular longo e curto exibem subluxação anterior no maléolo lateral. Atrofia e subluxação anterior do tibial posterior com relação ao maléolo medial. Mínimo contado da superfície posterior do Tálus com a Tíbia. Calcâneo com intensa rotação externa e eversão, encontrando-se em íntima proximadade com o maléolo lateral. Metade plantar do cubóide hipoplásico e sublaxado dorsolateral com relação ao calcâneo. Ligamento mola distendido. Coluna lateral encurtada (= Pé Plano devido ao valgo retropé)
História Natural - Se não tratado causa incapacitação. A cabeça do Tálus rígida em flexão sustenta a carga e desenvolve calosidades e dor. O calcanhar não entra em contato com o solo. Não ocorre fase de apoio da marcha. Simula uma amputação de Syme, mas sem o coxim plantar.
Tratamento – O início se dá pela manipulção e aplicação seriada de aparelhos gessado. O íntuito é alongamento das partes moles e pele contraídos. O normal é que 100% dos casos não obterem o desejada correção, implicando na necessidade de tratamento cirúrgico.
Cirurgia – Talectomia, naviculectonmia, artodese subtalar, artrodese tríplice, e alongamenot da coluna lateral. Alem diso deve ser realizada liberação circunferencial em um ou dois estágios. A talectomia é uma forma destrutiva devendo ser evitada em crianças menores, sendo as liberações mais indicadas. Em crianças maiores conbinasse a liberação com a naviculectomia.
<2 anos: lib dorso-lat (reduz antepé no retropé) e lib post-lat (alonga t calc)
>2-3 anos: naviculectomia (col lat< col medial) + lib post lat
Adolescente e adulto: artrodese tríplice
Complicações – Necrose do tálus, supercorreção, artrose.
Prognóstico – Mesmo com o tratamento cirúrgico tendo boa eficácia existe elevada incidência de artrite degenerativa e posterior necessidade de artrodese subtalar e tríplice.